Imagine um mundo onde decisões econômicas globais são influenciadas por encontros discretos entre líderes, moldando o futuro de nações como o Brasil. Recentemente, o Banco Central anunciou o adiamento da fase 3 do Drex para 2026, reduzindo seu escopo a uma versão mais tímida e focada em garantias de crédito, sem o acesso público esperado. Mas e se isso não for mero acaso? Essa análise explora se o timing coincide com a reunião entre Lula e Trump na Malásia, em 26 de outubro de 2025, durante o ASEAN Summit. Como sempre, o objetivo é fomentar reflexão crítica para uma Reforma Evolutiva do Estado, protegendo nossa soberania. Todas as ideias aqui – do adiamento do Drex à bolha da IA e ameaças às criptos – se conectam logicamente: em uma guerra econômica híbrida, projetos como o Drex representam soberania digital, enquanto bolhas globais como a IA podem desestabilizar mercados, forçando concessões que afetam nossa independência.
1. O Adiamento do Drex: Fatos e Contexto
O Drex, anunciado como o real digital emitido pelo BC, foi projetado para revolucionar transações: mais seguras, eficientes e integradas ao Pix, com potencial para reduzir dependência do dólar em pagamentos internacionais. No entanto, em 4 de novembro de 2025, o BC anunciou o adiamento da fase 3 para 2026, com uma versão "tímida" e restrita. Originalmente, usaria blockchain (tecnologia descentralizada) para tokenização de ativos, mas agora a plataforma _Hyperledger Besu_ será desligada, focando apenas em reconciliação de garantias de crédito entre bancos, cartórios e corretores – sem acesso direto ao público. Relatórios da fase 2, esperados para outubro de 2025, só virão no início de 2026. Essa mudança reflete cautela tecnológica, mas também pressões externas e internas, como resistências políticas (ex: propostas no Congresso para limitar CBDCs) e debates sobre sigilo bancário.
2. A Reunião Lula-Trump na Malásia: O Que Sabemos
Em 26 de outubro de 2025, Lula e Trump se encontraram à margem do ASEAN Summit na Malásia. Trump descreveu o encontro como "bom", e Lula afirmou que Trump "garantiu" negociações para um acordo comercial, com equipes iniciando discussões imediatamente sobre tarifas e sanções. O foco foi em comércio bilateral, com Lula enfatizando que "equipes negociadoras começarão logo" para evitar escaladas.
3. Coincidência ou Conexão? Uma Especulação Satisfatória
Foi coincidência o anúncio do adiamento vir apenas 9 dias após essa reunião? Essa "pulga atrás da orelha" é válida, pois tratativas diplomáticas raramente são transparentes – muitas vezes, acordos são selados em sombras, influenciando políticas internas. Trump, com tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, pode ter pressionado por alinhamentos econômicos, incluindo moderação em projetos como o Drex, que desafiaria o dólar. Sem provas diretas, especulo que o timing sugere uma possível ligação: o Brasil, vulnerável a sanções, pode estar cedendo espaço para soluções digitais americanas, priorizando estabilidade imediata sobre independência. Essa especulação se conecta à desdolarização: em um mundo multipolar, o Drex poderia reduzir dependência do dólar, mas não está claro seu impacto direto no fortalecimento do BRICS, onde o Brasil lidera discussões financeiras em 2025.
4. A Ideia de "Entrega da Soberania" aos EUA: Uma Perspectiva Crítica
Analisando os fatos, vejo indícios que sustentam a preocupação de uma sutil cessão de soberania. O adiamento enfraquece o Drex como ferramenta independente, criando um vácuo que favorece stablecoins privadas como USDT (Tether), atreladas ao dólar e emitidas por empresas dos EUA. Com mais de US$ 120 bilhões em circulação global, o USDT domina transações digitais, e o atraso no Drex pode incentivar a adoção de estruturas tokenizadas estrangeiras, *integrando o Brasil a um ecossistema controlado por Washington*. Isso se alinha à desdolarização global: enquanto o BRICS avança com yuans e ouro, os EUA promovem seu CBDC (dólar digital) para manter hegemonia via tokenização. No Brasil, dependente de exportações em dólar, um Drex fraco nos torna vulneráveis a sanções ou manipulações – uma priorização lógica de estabilidade de curto prazo sobre independência estratégica, que questiono como uma "entrega" velada.
Diante disso, integro a análise sobre a bolha da IA, que amplifica esses riscos em um contexto de guerra econômica global, onde projetos soberanos como o Drex são alvos potenciais.
5. Quem é a "Cassandra" e Por Que Sua Previsão Importa?
A "Cassandra" a que me refiro é Michael Burry, um investidor americano formado em medicina, que ganhou fama por prever crises financeiras que ninguém via chegando. Ele inspirou o filme "A Grande Aposta", onde apostou contra o mercado imobiliário em 2008 e lucrou bilhões no colapso. Seu apelido vem da mitologia grega: Cassandra alertava sobre desastres, mas era desconsiderada até ser tarde. Burry tem histórico impecável – previu a bolha da internet em 2000, a crise da COVID em 2020 e distorções econômicas.
Em 2025, essa "Cassandra" ataca novamente: investiu mais de US$ 1,1 bilhão – 80% de seu patrimônio – prevendo uma queda brusca no setor de IA. Ele comprou opções de venda contra gigantes como Nvidia e Palantir, vendo a euforia atual como insustentável. Sua convicção arrisca tudo, mas baseado em acertos passados, merece atenção: ele identifica repetições de padrões que levaram a colapsos globais, conectando-se à desestabilização que poderia forçar concessões como no Drex.
6. Identificando a Bolha e a Psicologia por Trás Dela: Uma Explicação Simples para Leigos
Vamos mergulhar no coração do problema de forma cativante: uma bolha financeira surge quando preços sobem além do valor real, impulsionados por empolgação coletiva. Na IA, observe o "múltiplo de lucros" (P/L): quantas vezes o lucro anual você paga por uma ação. Mercados saudáveis ficam em 20 vezes – recuperação em 20 anos.
Atualmente, Nvidia negocia a 54 vezes seus lucros; Palantir, a 449 vezes! Isso exige crescimento irreal. Gastos em IA explodiram para US$ 200 bilhões em 2025 (aumento de 120%), mas produtividade ganha menos de 20%. É empolgação sem base sólida, que poderia amplificar crises digitais como o adiamento do Drex.
Mas por que caímos nessa? A psicologia das massas explica: em grupo, seguimos o "efeito manada" – se todos compram, parece seguro, ignorando riscos via FOMO (Fear Of Missing Out, ou medo de ficar de fora, aquela sensação ansiosa de perder uma oportunidade imperdível, como investir em algo "quente" só porque todo mundo está falando). Históricos: Tulipmania (1637) – tulipas valiam casas até o colapso. Bolha do Mar do Sul (1720) – promessas falsas ruíram economias. Bolha da internet (2000) – "pontocom" evaporaram trilhões. Humanos confundem narrativa com realidade; na IA, promessas cegam para custos como energia (1% global até 2027). Essa psicologia liga à especulação sobre concessões soberanas, onde hype global mascara riscos reais, levando a decisões precipitadas que afetam nações inteiras.
7. O Projeto Stargate e a Bolha da IA como Ameaça às Criptomoedas: Uma Jornada Imersiva pelos Riscos Globais
Agora, imagine-se no epicentro de uma corrida tecnológica que promete mudar o mundo, mas carrega sementes de caos. No centro dessa bolha está o Projeto Stargate, uma iniciativa ambiciosa anunciada pelo presidente Trump em janeiro de 2025. Trata-se de uma parceria entre gigantes como OpenAI (criadora do ChatGPT), Oracle (especialista em bancos de dados) e SoftBank (investidor japonês), com a meta audaciosa de investir até US$ 500 bilhões até 2029 em infraestrutura de IA. Começando com US$ 100 bilhões imediatos, o foco é construir data centers colossais – como os planejados no Texas e na América Latina – para criar supercomputadores capazes de processar trilhões de dados por segundo. Pense nisso como erguer cidades digitais inteiras, alimentadas por energia equivalente ao consumo de metrópoles, tudo para avanços em saúde (vacinas personalizadas em horas), economia e defesa estratégica contra rivais como a China.
Recentemente, em setembro de 2025, anunciaram cinco novos sites nos EUA, totalizando 5,5 gigawatts de capacidade – o dobro do que San Francisco usa diariamente. Bancos globais já emprestaram US$ 18 bilhões só para um data center no Novo México, mostrando o ritmo frenético dessa empreitada. Mas aqui reside o perigo: Stargate não é só inovação; ele alimenta a bolha da IA ao criar um hype imenso, inflando ações de empresas como Nvidia (fornecedora de chips essenciais) e Palantir (especialista em análise de dados). Se os retornos prometidos não se materializarem – devido a custos astronômicos de energia, baixa produtividade real ou simplesmente uma saturação do mercado –, o colapso pode ser global, ecoando crises passadas onde empolgação virou ruína.
E isso nos leva a uma ameaça direta: a bolha da IA representa um risco real às criptomoedas. Muitas criptos, como tokens ligados a projetos de IA (por exemplo, aqueles que usam machine learning para gerar NFTs ou otimizar blockchains), surfam nessa onda de hype. Se a bolha estourar – com quedas bruscas em ações como Nvidia e Palantir –, a liquidez global seca de repente, levando a vendas em massa de ativos de risco, incluindo Bitcoin e altcoins. Lembre-se da correção de 2022, quando o mercado crypto despencou 70% em meses. No Brasil, onde as criptos são populares como hedge contra inflação, um colapso assim pode evaporar poupanças de famílias comuns, ampliando desigualdades. Proteja-se diversificando para opções mais estáveis como ouro físico ou ativos reais, e evite o FOMO – Fear Of Missing Out, aquela urgência irracional de investir só para não "ficar de fora" do próximo grande hit, que muitas vezes leva a perdas desnecessárias.
Essa conexão é lógica: Stargate, ao impulsionar a IA, reforça a hegemonia americana no digital, pressionando nações como o Brasil a alinhar seus projetos (como o Drex) ou enfrentar isolamento econômico.
8. Revelando o Oculto: Moedas Digitais, USDT e o Plano para o Dólar Digital
Por trás da IA, há uma camada oculta: a transição para moedas digitais, que os EUA planejam usar para combater a desdolarização (perda de influência do dólar, com reservas globais caindo para 57,7%). Stablecoins como USDT (Tether), uma criptomoeda atrelada ao dólar, dominam o mercado: em 2025, USDT tem mais de US$ 120 bilhões em circulação, usada para transações rápidas sem bancos tradicionais. Mas há riscos – USDT é criticado por falta de transparência em reservas, podendo desestabilizar se houver pânico.
Os EUA avançam com o CBDC (Moeda Digital de Banco Central), um "dólar digital" emitido pelo Federal Reserve. Diferente de criptos como Bitcoin (descentralizadas), o CBDC é controlado pelo governo, permitindo rastreio total de transações. Planos incluem integração com mercados via tokenização: transformar ativos reais (imóveis, ações) em tokens digitais, vinculando tudo ao dólar digital. Em 2025, testes com FedNow (sistema de pagamentos instantâneos) avançam, e leis como o GENIUS Act propõem regular stablecoins para alinhá-los ao CBDC.
O objetivo oculto? Manter o dólar como reserva global, mesmo com BRICS usando yuans e ouro. Se a bolha de IA estourar, o CBDC é "salvação": governos injetam dinheiro digital, mas com controle – programando gastos (ex: expira em 30 dias) ou rastreando dissidentes. No Brasil, isso ameaça soberania: dependemos de exportações em dólar, mas uma crise global pode forçar adesão a esse sistema, ligando ao adiamento do Drex como possível concessão.
9. Impactos no Brasil e Como Se Proteger
O Brasil, como exportador de commodities (soja, minérios), sente o impacto indireto: uma bolha de IA estourando causa recessão global, reduzindo demanda por nossos produtos. Em 2025, investimentos em IA aqui crescem (fintechs, agritech), mas dependem de tech americana – colapso pode cortar funding, afetando empregos em SP e RJ. Desdolarização piora: com dólar fraco, inflação sobe (importamos tech cara), e tarifas de Trump (50% em produtos brasileiros) já pressionam.
Para proteger-se:
- Diversifique ativos: Invista em ouro ou ativos reais (terras, commodities) como hedge contra inflação.
- Educação financeira: Aprenda sobre múltiplos de lucros para evitar hypes; foque em empresas com lucros reais.
- Poupança inteligente: Mantenha reservas em moedas estáveis, evite dívidas altas.
- Comunidade e ação cívica: Junte-se a grupos como o MBF para pressionar por reformas evolutivas, promovendo soberania econômica.
10. Conclusão: O Chamado para a Ação – Depende de Nós!
Reflita sobre essa Red Pill: adiamentos como o Drex e bolhas como a IA testam nossa soberania. Não é teoria; é realidade que afeta seu bolso e futuro. Imagine um Brasil soberano, liderando com inovação ética – mas exige ação.
O que fazer? Questione narrativas, exija transparência do BC. Proteja patrimônio diversificando, mas una-se ao MBF para reformas evolutivas. Não fique inerte à hipocrisia; marche pacificamente por ética e _res pública_. Juntos, transformamos desafios em legado para gerações. O futuro nos chama – responda com brio e entusiasmo! Acredite, depende de nós!

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Por *Mauro Rogerio* – Analista Político, Coronel Aviador R1 FAB, Oficial de Estado Maior ECEMAR (Gestão de Guerras), Engenheiro Aeroespacial e Presidente do Movimento Brasil Futuro (MBF)