viernes, 8 de marzo de 2013

Dia Internacional da Mulher. Para que?

Diferentes sentidos dá cada um ao Dia Internacional da Mulher. Alguns aproveitam para desejar-lhes um dia muito feliz, outros para enviar-lhes flores, agradecer alguma que tem feito a diferença na sua vida, enfim, inúmeras razões existem para agradecer, lembrar e comemorar as mulheres. Em especial, é um dia que paro para pensar no porque existe um dia especial, internacional da mulher? Cada ano penso nas razões da existência desse dia. Normalmente quando o mundo decide fazer menção especial a alguém, a alguma causa, é porque tem a intenção de chamar a atenção para alguma situação que inquieta a sociedade. Assim acontece com o Premio Nobel da Paz. Todo ano, o premio Nobel vai para alguém que tem uma causa que os membros do comitê consideram que deve ser divulgada. Será que o dia da mulher foi inventado para repensar o papel da mulher na sociedade, na discriminação que existe contra a mulher em diferentes campos da vida? Eu acho que sim porque senão, existiria um Dia do Homem também. Todos os anos, dia 8 de Março eu penso em alguns fatos e faço as mesmas perguntas, referindo-me somente à nossa região geográfica, sem pensar noutras longitudes, onde a falta de oportunidade para as mulheres ainda é pior e a de respeito também: 1) Quanto se tem avançado enquanto à discriminação das mulheres no ambiente de trabalho? Com relação ao salario, nada. Ainda somos mal pagas com relação aos homens, ocupando o mesmo cargo e com desempenho similar. Isso ainda é uma preocupação de 44% das mulheres que participaram na pesquisa feita pela LikedIn a mais de mil mulheres profissionais ao redor do mundo; 2) Como andamos com relação à mulher que usa sua aparência e seu charme feminino para conseguir vantagens no ambiente de trabalho? 15% das mulheres ainda usam sua beleza física, não seu cérebro, como atributo para tirar vantagem no ambiente de trabalho. Tristemente ainda existem homens que não respeitam as mulheres pelo que elas sabem e podem aportar ao trabalho, mas pela sua beleza e atração física; 3) As Juntas Diretivas têm interesse em promover mulheres aos cargos de mando nas empresas, pois estudos mostram que mulheres equilibram as cúpulas, até há uma piada ao respeito: Um professor adjunto da Universidade de Columbia mencionou num artigo, num jornal da Universidade que se Lehman & Brothers fosse Lehman, Brothers & Sisters, provavelmente, não teria quebrado... Considerando que as mulheres são muito mais duras quando as decisões das cúpulas colocam em risco o patrimônio dos acionistas ou quando querem emascarar resultados. Infelizmente, apesar de que as empresas vêm como positivo promover mulheres para posições de mando, colocam nos objetivos de Recursos Humanos todos os anos, aumentar a % de mulheres nos cargos mais altos, o gargalo da garrafa ainda continua sendo cruzado somente pelos homens, com raras exceções. Pesquisas mostram que as mulheres chegam muito bem até gerências médias mas quando chega o momento de passar a exercer cargos de Diretorias, membros da Junta Diretiva, só nossos colegas do sexo masculino chegam. Enfim, tomara que para o próximo ano de 2014, estivéssemos falando de outros temas no Dia Internacional da Mulher que não fossem os velhos citados acima, mas para isso, temos que refletir qual o nosso papel em cada um dos pontos citados e ver o que podemos fazer ao respeito. Está muito mais em nós, mulheres, o câmbio pois para o sexo oposto, a situação continua sendo confortável como está atualmente. O ponto número 1 acima, da diferença salarial é bastante fácil de resolver. Precisamos ser mais audaciosas e frias na hora de negociar, copiando nossos colegas, pois temos o mesmo valor, só falta coragem. Boa sorte na próxima negociação!

miércoles, 16 de enero de 2013

A competitividade brasileira na exportação de mão de obra

A competitividade brasileira na exportação de mão de obra. Na era do conhecimento, o Brasil hoje já tem condições de ser um jogador importante no mercado internacional, na exportação de mão de obra qualificada. Uma das formas mais usadas de se exportar mão de obra é através das assignações internacionais por um tempo definido. Normalmente as duas razões mais importantes para essas assignações é a transferência de conhecimento (bastante comum hoje em dia, quando muitas empresas brasileiras abrem filiais no estrangeiro), ou para desenvolvimento de talentos para continuar crescendo dentro da empresa. Nesse tipo de transferência, a entidade legal no Brasil que paga o salario, encargos sociais e os benefícios do funcionário, o continuam fazendo durante a transferência para o exterior, adicionando a esse custo, o pacote de expatriação, normalmente composto de ajuda de custo de vida, algum premio pela transferencia e premio e algum outro, dependendo da politica de cada companhia. A intenção de manter o funcionário na folha de pagamento do Brasil é não interromper o plano de aposentadoria do funcionário, tomando em conta que a transferência é temporária. Que um dia esse funcionário volte ao Brasil e possa ser elegível ao plano de aposentadoria do Estado e ao plano complementar que a maioria das empresas grandes no Brasil oferece aos seus funcionários. Muito embora o funcionário continue na folha do Brasil, o custo desse funcionário é transferido integralmente ao exterior. Ou seja, a empresa no Brasil. na realidade, paga o funcionário e os custos relacionados são repassados ao pais receptor dos serviços daquele expatriado durante a assignação. Essa opção para transferir os brasileiros ao exterior encontra uma barreira na lei de imposto de renda do Brasil que diz que o brasileiro que quebre residência fiscal no Brasil, continuará pagando imposto com uma taxa fixa de 25% sobre todo ingresso recebido de fonte brasileira. O que resta esclarecer é se, realmente esse dinheiro pago para o funcionário mas cobrado ao exterior, realmente pode ser considerado de fonte brasileira, si ele regressa ao Brasil depois. Hoje em dia as empresas não questionam, retem e pagam esse imposto mas logo cobram esse custo ao exterior, fazendo assim, o custo do serviço do brasileiro mais caro que o de expatriados de outros países como Estados Unidos e Suiça, onde o funcionário, ao sair do pais e quebrar a residência fiscal, deixa de pagar imposto no pais de origem, mesmo permanecendo na folha de pagamento do pais de origem. Outra razão pela qual o custo do brasileiro é mais alto radica na falta de acordo de totalização de seguro social com outros países. Novamente, menciono a Suiça e os Estados Unidos que tem acordo de totalização de seguro social com muitos países, facilitando que seus funcionários, quando são transferidos ao exterior e permanecer no seguro social do pais de origem, mesmo trabalhando no outro pais, não precisam contribuir ao sistema de seguro social dos dois países, somente em um dos dois. O Brasil, embora tem avançado na assinatura desses acordos bilateralmente e com o Mercosul, não tem entre suas justificativas para faze-lo, a preocupação da competitividade da nossa mão de obra, em termos de custo, no mercado internacional. Seria bem termos acesso a dados estatísticos de para onde estão indo os brasileiros trabalhar e conduzir negociações de acordo de não taxação dupla e de totalização de seguro social com esses países. Assim, nossas autoridades governamentais poderiam direcionar melhor a negociação de acordos com tais países para diminuir custo de nossos serviços e podermos competir melhor, em termos de custos, numa das industrias mais lucrativas no mercado internacional, a de serviços. Em síntese, ficam duas questões para ser analisadas pelas autoridades brasileiras: 1) Até que ponto se pode considerar ingresso de fonte brasileira o salario e pacote de expatriação pagos aos expatriados brasileiros durante uma assignação internacional se esses custos são cobrados ao exterior e voltam ao Brasil como ingresso por expotação de mão de obra? 2) Que poderiam fazer as autoridades brasileiras para acelerar a negociação de acordos de totalização de seguro social para evitar pagamento duplo de seguro social durante a expatriação de brasileiros por tempo definido?

domingo, 6 de enero de 2013


Os perigos no abuso do termo “politicamente correto”.
 

Ser ou se comportar de forma politicamente correta é deixar de enfrentar uma situação ou dizer diretamente as coisas porque incomoda a outra pessoa, também poderia ser expressar-se de forma mais doce, algo que poderia incomodar a outra pessoa se dita da forma mais direta. É um comportamento muito usual dentro das organizações, pois evita ter que confrontar-se principalmente com os níveis superiores hierarquicamente falando, sobre temas que incomodam os funcionários. Esse comportamento pode ser uma bomba de tempo, pois as coisas se acumulam de baixo do tapete e mais cedo ou mais tarde, virão à tona. No curto prazo, os que deixaram de ouvir o que o outro gostaria sinceramente ter expressado, se salvam, mas no longo prazo, não. Existe uma força oculta nas organizações em vários sentidos que, certamente, se encarregará de trazer luz às coisas deixadas escondidas, debaixo do tapete. O meio diplomático também utiliza muito o politicamente correto, mas como é quase um protocolo, os diplomatas já sabem como interpretar as coisas ditas dessa forma no contexto que deve ser, e não causa maiores danos. No meio político é muito usado para bajular/proteger os encantadores de serpentes. O maior perigo é calar o que deveria sair à luz sobre práticas políticas que possam ser delitivas/corruptas, prejudicando assim toda uma sociedade/país. Na convivência com ativistas que defendem minorias, o termo há chegado a ser usado e abusado de forma perigosa porque pode chegar a negar uma realidade. Se chamamos as coisas pelo nome, somos ameaçados com demissão, denúncias na polícia, então, a solução é usar termos que não deixam de ser um desvio da descrição real da situação ou caso. Quanto mais pressão houver para não discriminar certos grupos ou pessoas, mais se distancia da realidade. Fiz uma rápida pesquisa na internet e de forma bem-humorada, há várias descrições interessantes de situações, condições que outrora simplesmente se chamavam pelo seu nome e hoje em dia se tem que perguntar se é politicamente correto ou não dizer ou fazer. Em qualquer das situações, condições em que se queira ser/estar politicamente correto, devemos somente ter o cuidado se ao fazê-lo, estamos deixando de evidenciar situações, pessoas que estão lesando os nossos valores e princípios, ou, os da sociedade em que vivemos. Em cujo caso, definitivamente, mesmo que pareça deselegante ou nos traga consequências futuras, devemos de chamar as coisas pelo seu nome. Nunca devemos ter medo de fazer as coisas corretas, o universo, com certeza, com o tempo, estará do nosso lado.