miércoles, 16 de enero de 2013

A competitividade brasileira na exportação de mão de obra

A competitividade brasileira na exportação de mão de obra. Na era do conhecimento, o Brasil hoje já tem condições de ser um jogador importante no mercado internacional, na exportação de mão de obra qualificada. Uma das formas mais usadas de se exportar mão de obra é através das assignações internacionais por um tempo definido. Normalmente as duas razões mais importantes para essas assignações é a transferência de conhecimento (bastante comum hoje em dia, quando muitas empresas brasileiras abrem filiais no estrangeiro), ou para desenvolvimento de talentos para continuar crescendo dentro da empresa. Nesse tipo de transferência, a entidade legal no Brasil que paga o salario, encargos sociais e os benefícios do funcionário, o continuam fazendo durante a transferência para o exterior, adicionando a esse custo, o pacote de expatriação, normalmente composto de ajuda de custo de vida, algum premio pela transferencia e premio e algum outro, dependendo da politica de cada companhia. A intenção de manter o funcionário na folha de pagamento do Brasil é não interromper o plano de aposentadoria do funcionário, tomando em conta que a transferência é temporária. Que um dia esse funcionário volte ao Brasil e possa ser elegível ao plano de aposentadoria do Estado e ao plano complementar que a maioria das empresas grandes no Brasil oferece aos seus funcionários. Muito embora o funcionário continue na folha do Brasil, o custo desse funcionário é transferido integralmente ao exterior. Ou seja, a empresa no Brasil. na realidade, paga o funcionário e os custos relacionados são repassados ao pais receptor dos serviços daquele expatriado durante a assignação. Essa opção para transferir os brasileiros ao exterior encontra uma barreira na lei de imposto de renda do Brasil que diz que o brasileiro que quebre residência fiscal no Brasil, continuará pagando imposto com uma taxa fixa de 25% sobre todo ingresso recebido de fonte brasileira. O que resta esclarecer é se, realmente esse dinheiro pago para o funcionário mas cobrado ao exterior, realmente pode ser considerado de fonte brasileira, si ele regressa ao Brasil depois. Hoje em dia as empresas não questionam, retem e pagam esse imposto mas logo cobram esse custo ao exterior, fazendo assim, o custo do serviço do brasileiro mais caro que o de expatriados de outros países como Estados Unidos e Suiça, onde o funcionário, ao sair do pais e quebrar a residência fiscal, deixa de pagar imposto no pais de origem, mesmo permanecendo na folha de pagamento do pais de origem. Outra razão pela qual o custo do brasileiro é mais alto radica na falta de acordo de totalização de seguro social com outros países. Novamente, menciono a Suiça e os Estados Unidos que tem acordo de totalização de seguro social com muitos países, facilitando que seus funcionários, quando são transferidos ao exterior e permanecer no seguro social do pais de origem, mesmo trabalhando no outro pais, não precisam contribuir ao sistema de seguro social dos dois países, somente em um dos dois. O Brasil, embora tem avançado na assinatura desses acordos bilateralmente e com o Mercosul, não tem entre suas justificativas para faze-lo, a preocupação da competitividade da nossa mão de obra, em termos de custo, no mercado internacional. Seria bem termos acesso a dados estatísticos de para onde estão indo os brasileiros trabalhar e conduzir negociações de acordo de não taxação dupla e de totalização de seguro social com esses países. Assim, nossas autoridades governamentais poderiam direcionar melhor a negociação de acordos com tais países para diminuir custo de nossos serviços e podermos competir melhor, em termos de custos, numa das industrias mais lucrativas no mercado internacional, a de serviços. Em síntese, ficam duas questões para ser analisadas pelas autoridades brasileiras: 1) Até que ponto se pode considerar ingresso de fonte brasileira o salario e pacote de expatriação pagos aos expatriados brasileiros durante uma assignação internacional se esses custos são cobrados ao exterior e voltam ao Brasil como ingresso por expotação de mão de obra? 2) Que poderiam fazer as autoridades brasileiras para acelerar a negociação de acordos de totalização de seguro social para evitar pagamento duplo de seguro social durante a expatriação de brasileiros por tempo definido?

domingo, 6 de enero de 2013


Os perigos no abuso do termo “politicamente correto”.
 

Ser ou se comportar de forma politicamente correta é deixar de enfrentar uma situação ou dizer diretamente as coisas porque incomoda a outra pessoa, também poderia ser expressar-se de forma mais doce, algo que poderia incomodar a outra pessoa se dita da forma mais direta. É um comportamento muito usual dentro das organizações, pois evita ter que confrontar-se principalmente com os níveis superiores hierarquicamente falando, sobre temas que incomodam os funcionários. Esse comportamento pode ser uma bomba de tempo, pois as coisas se acumulam de baixo do tapete e mais cedo ou mais tarde, virão à tona. No curto prazo, os que deixaram de ouvir o que o outro gostaria sinceramente ter expressado, se salvam, mas no longo prazo, não. Existe uma força oculta nas organizações em vários sentidos que, certamente, se encarregará de trazer luz às coisas deixadas escondidas, debaixo do tapete. O meio diplomático também utiliza muito o politicamente correto, mas como é quase um protocolo, os diplomatas já sabem como interpretar as coisas ditas dessa forma no contexto que deve ser, e não causa maiores danos. No meio político é muito usado para bajular/proteger os encantadores de serpentes. O maior perigo é calar o que deveria sair à luz sobre práticas políticas que possam ser delitivas/corruptas, prejudicando assim toda uma sociedade/país. Na convivência com ativistas que defendem minorias, o termo há chegado a ser usado e abusado de forma perigosa porque pode chegar a negar uma realidade. Se chamamos as coisas pelo nome, somos ameaçados com demissão, denúncias na polícia, então, a solução é usar termos que não deixam de ser um desvio da descrição real da situação ou caso. Quanto mais pressão houver para não discriminar certos grupos ou pessoas, mais se distancia da realidade. Fiz uma rápida pesquisa na internet e de forma bem-humorada, há várias descrições interessantes de situações, condições que outrora simplesmente se chamavam pelo seu nome e hoje em dia se tem que perguntar se é politicamente correto ou não dizer ou fazer. Em qualquer das situações, condições em que se queira ser/estar politicamente correto, devemos somente ter o cuidado se ao fazê-lo, estamos deixando de evidenciar situações, pessoas que estão lesando os nossos valores e princípios, ou, os da sociedade em que vivemos. Em cujo caso, definitivamente, mesmo que pareça deselegante ou nos traga consequências futuras, devemos de chamar as coisas pelo seu nome. Nunca devemos ter medo de fazer as coisas corretas, o universo, com certeza, com o tempo, estará do nosso lado.